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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

FETARN REALIZA O 4º DIA DA JORNADA DA JUVENTUDE EM NATAL!

 
Na manhã desta quinta-feira dia 03 de Novembro os jovens que estão participando da jornada da juventude visitaram a Escola Agrícola de Jundiaí. Na coordenação do estado Piauí todos esteve debatendo assuntos voltados para o interesse de conhecimentos da juventude do campo.
            No auditório da escola os jovens do Estado do Piauí, responsáveis pela coordenação do trabalho iniciaram as atividades com dinâmicas de integração do grupo, com exercícios de alongamento.
            Foram instalados os trabalhos (Erundina – União e Silvam – Jacobina, com papel de serimonialistas) fazendo-se a composição da mesa.
            Iniciou falando o Diretor da Escola Professor Júlio César de Andrade, informando que já estar na 14ª turma e mais de 500 jovens já se formaram na escola, sendo que para 2012 a perspectiva é de ampliação no atendimento desse segmento da comunidade. Ressalta a importância da parceria com a FETARN e com o desenvolvimento das atividades se somaram mais parcerias como com o Projeto Dom Helder e o MDA. Continuou informando que o processo de seleção para ingresso de alunos na escola já assegura um exercício aos filhos dos agricultores familiares com afinidades com os sindicatos ligados à FETARN. Disse que são 07 cursos técnicos, PROEJA  associados a cursos de agroindústrias e 03 cursos de formação superior sendo eles: engenharia florestal, agronomia e zootecnia. Estes cursos têm 96 professores e vai se ampliar para outros cursos em 2012.
FETARN – Erivan – endossou o processo de parceria da escola com a federação, destacando a importância da escola para a melhoria da qualidade de vida das comunidades e para os seus ex-alunos; oportunizando também os filhos dos agricultores familiares a fazerem cursos superiores nas áreas das ciências agrárias.
CONTAG – William, secretário de política agrária – alerta que os jovens do campo e da cidade devem romper com os velhos paradigmas da nossa sociedade e introduzirem novos conceitos de mudanças na sociedade. Alerta que é necessário os jovens participarem dos espaços de gestão, além de outros, juntamente com aqueles que já ocupam esses espaços e assim se faça uma sucessão tranquila sendo boa para todos.  Chama a atenção para a necessidade da terra para a juventude, e o caminho é a Reforma Agrária, seja por desapropriação ou por outro método, pois só assim o jovem permanece no campo como sujeito de transformação da sociedade.
Mara – ex-aluna da escola – fez um depoimento afirmando que além da escola ensinar conhecimentos técnicos, também permite o aprendizado do convívio com a sociedade, pois fez grandes amizades e, como profissional, já estar atuando na Secretaria Municipal de Agricultura do seu município.
Edson Araújo – aluno da escola – afirma que os cursos da escola são de boa qualidade, além de a escola oferecer ótima estrutura que permite uma boa aprendizagem na prática.
Fátima FATERN – aproveita a oportunidade para cobrar do diretor da escola, que tem assento como presidente do Conselho das Escolas Técnicas de Universidades Federais que recomende aos demais diretores de escolas (23) a fazerem convênios desse tipo nos seus estados. Fez resgate da origem da escola dentro da parceria, lembrado que a parceria começou com 27 alunos e hoje são 05 turmas.
Ainda na escola Agrícola foram mostrado Exibição do vídeo “pé na estrada” – foco inicial: diagnóstico e realidade local. A proposta de parceria do MSTTR com a escola nasceu da necessidade expressada pelo agricultor Francisco Edivaldo.  O vídeo abordou também o PDLS, que foi nesse processo de diagnóstico do município que se identificou a necessidade da inserção da escola de Jundiaí no processo de desenvolvimento do município.

Durante a tarde foi realizado um breve resgate do dia anterior a jovem Mara – fez um resgate abordando de forma objetiva todos os temas trabalhados no dia 02 de novembro.

 Foram abordados vários paneis com temas de  Desenvolvimento Territorial com Terra e Políticas Públicas Diferenciadas para Garantir a Sucessão no Campo.
Panelista – Angela.
            Traz para a reflexão o conceito de sucessão rural.
 Traz para o debate, pontos fundamentais que levam ao êxodo rural, como:
          “taxa de analfabetismo da juventude, destacando os dados da PNAD 2007”. Isso leva a uma baixa qualidade de vida, associada ao pouco acesso a terra;
          Migração juvenil – uma questão de gênero, pois se observa que as mulheres saem mais do campo que os homens. Pois os homens tem acesso a terra, as mulheres saem mais por que não são reconhecidas como trabalhadoras rurais;
          Migração do campo para cidade, é consequência de uma realidade de vulnerabilidade social marcada por precárias condições de vida, subemprego e preconceito. Ainda o meio rural e urbano não estão isolados entre si, eles dialogam pelo acesso dos jovens aos serviços (educação, saúde, etc ) e por mentalidade urbanizada estampadas nos meios de comunicação que atingem a juventude rural.
Aborda a questão da migração campo-campo, discutindo elementos como:

          Trabalho temporário, geralmente vinculado a safras de monoculturas;
          Trabalho dos jovens de forma inadequada.
          Há casos de trabalho informal e caso em que os jovens tornam-se escravos – Com isso levando a necessidade do movimento intervir nas relações trabalhistas discutindo políticas para os assalariados rurais – na ausência desse debate pode levar ao descontentamento de alguns e permite-se criar outras organizações, como quebradeiras de cocos, quilombolas, fetraf, etc.
Por que os jovens rurais estão migrando?
          Pouca participação nas decisões da unidade familiar – geralmente sem condições financeiras geradas na propriedade o jovem sente necessidade de migrar em procura da sua autonomia financeira;
          Restrito acesso a terra;
          Acesso precário às políticas públicas específicas para os jovens;
          Migração como sobrevivência;
          Desejo por novas condições de vida.

Destaca a necessidade da intervenção qualificada do jovem no seio da família de forma que traga a família para absorver as mudanças.
Desafios para a sucessão rural:
          Garantia de acesso à terra;
          Política de valorização e fortalecimento da agricultura familiar;
          Amplo acesso à educação do campo;
          Relação de produção justa que valorizem as mulheres e jovens a promoverem a sustentabilidade; etc,


Elenice Anastácio e Willian – CONTAG  e Angela. Mediadora – Francisca – FETAG – PI coordenaram a mesa de debate durante a tarde.

CONTAG – William – faz provocação no sentido de que se “entenda o debate sobre a inserção da juventude por está na faixa etária de juventude do movimento ou por convicção da importância da participação da juventude no fortalecimento do movimento e da agricultura familiar?”
MA – a sucessão é uma questão importante, pois ela é necessária ser discutida além do MSTTR, inclusive no partido político. Chama a atenção para a necessidade da discussão quando o dirigente sair da faixa etária de juventude;
Danilo – provocou a CONTAG no sentido de saber quais ações a entidade possa fazer em favor da juventude no campo, da sucessão rural e da reforma agrária em favor da juventude rural?
PI – Paulo FETAG-PI – Alerta para a necessidade da aceleração na sucessão rural e observa que as faculdades que oferecem cursos de agronomia (região de Picos – PI) ficam esvaziadas, pois poucos jovens querem fazer cursos para o campo.
PI – Barras – Afirma que as ações da juventude não são somente das secretarias de juventudes, mas de toda a direção do Sindicato, aponta para a necessidade do jovem ir para o enfrentamento com os políticos no município para defender seus interesses no âmbito das políticas publicas municipais.
MA – Raimundo – vai pelas afirmativas de Paulo. Mas acha que é necessário o estabelecimento de quotas e é simpático a 50% para homem e mulher, conforme já tramita discussão no Congresso Nacional nesse sentido.
CE – Luiz Carlos – Afirma que a discussão para a juventude não se limita a discussão da sucessão na propriedade ou no sindicato, mas deve ser uma discussão mais ampla no sentido de garantia de políticas públicas estruturantes, além do entendimento do modelo capitalista hoje predominante e seus efeitos sobre a juventude rural. Afirma que se chegar ao espaço é necessário pela capacidade do jovem e não meramente por uma quota, pois a quota é apenas um instrumento.
CE – Bandeira – precisa esclarecer e se pensar quais políticas irão garantir a juventude no campo. Afirma que a política é um dos caminhos que transforma mais rápido a sociedade.
Ângela (painelista) – dentro das conferencias territoriais foi abordado que além da estrutura de terra e crédito precisa de cultura, lazer, etc. Afirmam que a CONTAG tem feito muito nesse sentido, muitas ações tem se dado como gritos da terra, marcha das margaridas, entre outras.  A política pública tem que ser discutidas dentro do MSTTR e também as questões políticas partidárias tem que ser discutidas dentro do sindicato, pois acha vergonhoso dirigentes sindicais filiados ao PSDB, partido que ideologicamente combate a política discutida pelo MSTTR.  Alerta que a disputa é diária, não se pode deixar de discutir dentro das instancias colegiadas e dentro dos próprios sindicatos.
Willian – CONTAG – Precisamos de terra, de água e precisamos de educação no campo para o campo. Precisamos também do prazer, e o prazer pode estar no campo de futebol com qualidade, mas o que infelizmente sobra no campo é o boteco. “Tenho certeza que na nossa casa quem ajudou a nos marginalizar foi o nosso pai não foi só a sociedade não”, refere-se às condições de exploração da própria família aonde o jovem trabalha e o seu trabalho não é reconhecido pela família. Precisamos aprofundar a discussão das quotas de participação da juventude no sentido de fortalecer o movimento sindical, sob pena de perder os jovens para os outros movimentos sociais que disputam espaços com os sindicatos.
Elenice Anastácio – CONTAG – afirma que foi convidada a participar da reunião do sindicato e depois para a direção do sindicato. Veio para a FETARN e hoje estar na CONTAG e afirma que a federação do Rio Grande do Norte respira juventude. Relata, porém que até mesmo nas direções das federações os espaços para a juventude são limitados, portanto precisa os jovens sempre estar lutando dentro do próprio movimento para garantia de maiores espaços. Concluiu afirmando que o público jovem presente ao evento tem muito conteúdo para contribuir com o Movimento.
O término do dia foi realizado com trabalhos em grupo voltado para o tema sucessão e vida do jovem no campo.






























































































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